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Quando a praia está fora da programação, o final de semana não precisa acabar no sofá. Vale a pena colocar uma roupa confortável e o velho par de tênis para passear sem pressa pelo Centro Histórico de São Francisco do Sul, uma das cidades mais antigas do Brasil. Lugar onde viviam os primeiros índios carijós e que recebeu a colonização portuguesa no século 17. A arquitetura, no entanto, vai além. Com a intensificação do comércio de madeira e erva-mate, as construções tiveram também outras influências europeias. São 150 edificações, um dos maiores conjuntos arquitetônicos do Brasil, tombadas pelo Patrimônio Histórico em 1987.
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Onde ficam algumas atrações
Museu Nacional do Mar
Rua Manoel Lourenço de Andrade, 133
wwww.museunacional domar.com.br
(47) 3481-2155
Mercado Público
Rua Babitonga, s/nº
(47) 3444-5728
Igreja Matriz e Museu de Arte Sacra
Praça Getúlio Vargas
(47) 3444-5093
Parque Ecológico do Morro do Hospício
Rua Fernandes Dias, s/nº
(47) 3444-6682
Museu Histórico Prefeito José Schmidt
Rua Cel. Carvalho, nº 1
(47) 3444-5443
Mais informações
sobre o Centro Histórico de São Francisco do Sul no site: www.visitesaofranciscodosul.com.br
Antes de partir, é bom saber que o Centro Histórico é servido de restaurante, lanchonete e rede bancária, mas ainda assim vale levar dinheiro trocado para pagar a entrada nos museus, que varia entre R$ 3 e R$ 5 por pessoa. O horário de funcionamento varia em cada estabelecimento. Durante a semana, alguns lugares turísticos abrem às 8 horas; outros, às 9 horas. Aos sábados e domingos, tem lugar que abre às 10 horas e outros às 11 horas. As bilheterias fecham no final da tarde, por volta das 17h30. O mais seguro para um tour é não chegar muito cedo. Para quem precisa trafegar na BR-280, atenção aos horários de engarrafamento.
Construção imponente
O passeio pelo Centro Histórico não ficaria completo sem conferir a Igreja Matriz Nossa Senhora da Graça, de 1665. Ver a majestosa imagem da santa e o belo interior da igreja é um momento imperdível para os fiéis. A visita também revela um pouco da história local. No corpo da igreja, sob o assoalho, eram enterradas as personalidades da cidade antes dos anos de 1900. Na construção da igreja, foi utilizada mão de obra escrava e os materiais são comuns à época, como pedras e argamassa feita de areia, conchas e óleo de baleia. Nos fundos da igreja funciona o Museu de Arte Sacra, onde uma das paredes mantém exposto o material construtivo original. O acervo do local tem 800 peças, entre imagens, documentos e outros objetos relacionados à arte sacra.
Na primeira visita a São Francisco do Sul, o casal de Maringá (PR) Edgard Biscalquim, 39, e Liliana Hayakawa, 35, aproveitaram o tempo chuvoso para levar o filho Gustavo, de sete anos, ao Museu Nacional do Mar, depois de almoçarem no Forte.
– Gostei de ver que tem embarcações de vários lugares e de vários tipos, como remo e barco a vela – diz o pai, que parecia tão interessado quanto o garoto em desvendar toda a riqueza do lugar.
Sala dos corações
Um dos últimos lugares que uma pessoa de férias pensaria em visitar é uma biblioteca. A de São Francisco do Sul serve como breve intervalo para relaxar durante o tour e funciona somente de segunda a sexta. O lugar é aconchegante, bem iluminado, com tudo novinho, pois foi inaugurado no ano passado. Ali, o visitante pode descansar da caminhada no sofá, ler revista pelo tempo que quiser, usar computadores no segundo andar (com opção de acesso pelo elevador). O wi-fi gratuito é permitido por 45 minutos. As crianças também têm um espaço próprio para leitura com várias publicações. A sala de descanso ao fundo é alegre e colorida, com pufes e enfeitada com 222 corações de mosaico e pastilhas feitos por artistas de diferentes lugares do Brasil e crianças envolvidas em atividades sociais.
Lendas e sons
Ao chegar ao Centro Histórico, o visitante vai se impressionar com a vista da baía da Babitonga e a beleza das fachadas das construções. Algumas remontam ao século 17 (a cidade foi fundada em 1641). O passeio agrada tanto adultos quanto crianças. Para os pequenos, o principal atrativo é o Museu Nacional do Mar. O lugar é famoso por abrigar embarcações do navegador Amyr Klink, como a canoa Max, sua primeira embarcação, aos seis anos de idade – o presente do tio era usado para navegar pelas ruas alagadas de Paraty (RJ) nas marés cheias e na baía da Ilha Grande. Em seus 10 mil m², o museu abriga jangadas, baleeiras e outras embarcações em tamanho natural, que impressionam tanto pelos detalhes construtivos quanto pelo ambiente lúdico onde estão inseridas, com suas histórias e lendas. Segundo uma delas, em noites de lua cheia, as mulheres dos pescadores viravam bruxas enquanto os homens estavam em alto-mar caçando baleias. A certa altura no interior do museu, dá para ouvir o som da baleia e ver a representação dos pescadores e das bruxas. Ao final, quem gostou da visitação terá opções de lembranças por preços variados e poderá até acompanhar o trabalho do artista Enivaldo Ferraz Rodriguez, enquanto ele constrói veleiros de madeira de vários tamanhos.
Cadeia
Mais à esquerda do Centro da cidade fica o Museu Histórico Prefeito José Schmidt. Um dos objetos expostos revela uma prática bem diferente para os dias de hoje – o cesto que servia para transportar as pessoas até os navios por guincho. Antigamente, no local funcionava a cadeia no térreo e o fórum no segundo andar. As celas foram transformadas em salas de visitação, mas dá para ter uma ideia do espaço onde presos como os líderes da Guerra do Contestado ficaram. A solitária também foi preservada. No espaço com área de 2m x 2m e pouco mais de 1,60 metro de altura, sem luz elétrica, ficavam em isolamento os “perigosos, dementes e arruaceiros contumazes”, cita a placa de entrada. Funcionários contam que quando a maré subia, o local enchia d’água. Naqueles tempos, crianças de 12, 13 anos também iam para cadeia e ficavam sob a vigilância da primeira carcereira do Estado, Maria Rachadel de Lima. E a foto mais curiosa do passeio está exposta próximo à entrada do museu. A imagem datada de 1933 mostra a guarnição da cadeia pública e os presidiários posando para foto juntos em um ambiente nada intimidador. Um segura o violão, outro toma chimarrão na hora do clique. A foto mostra, ainda, que naquela cadeia os presos não tinham uniforme, exibiam cortes de cabelo bem variados e alguns até usavam chapéu.
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