O astro do Golden State Warriors, o armador Stephen Curry, declarou nesta quarta-feira que, caso sua equipe seja convidada a visitar a Casa Branca devido à recente conquista do título da NBA, provavelmente não comparecerá.
"Alguém me perguntou sobre isso há alguns meses, se hipoteticamente ganhássemos o campeonato eu iria", explicou Curry. "Respondi que não iria e ainda me sinto assim".
O comentário de Curry foi feito dois dias depois dos Warriors derrotarem o Cleveland Cavaliers por 129-120 e fechar a série final em cinco jogos (4-1), conquistando seu segundo título da NBA em três anos.
É uma tradição nos Estados Unidos que as equipes campeãs visitem a Casa Branca após um título, como fez o time de basebol Chicago Cubs em janeiro, quando receberam os parabéns do então presidente Barack Obama pelo título da World Series.
Mas as políticas e declarações polêmicas do presidente eleito Donald Trump incomodaram muitos atletas profissionais, incluindo jogadores da NBA, em sua maioria negra.
Curry espera que o tema seja debatido na equipe.
"Tenho certeza de que vamos conversar sobre isso como time", declarou. "É um momento do qual precisamos aproveitar juntos e nada deve distrair a gente do que conseguimos realizar juntos".
"E os diversos tipos de cerimônias e tradições que ocorreram com as equipes que ganham o campeonato, não queremos que corrompa o que realizamos este ano", continuou.
"Lideramos com isso de maneira adequada e responsável e faremos o certo para nós individualmente e para o grupo", completou o astro.
Curry não é o único membro do Warriors que não concorda com as opiniões do presidente Trump.
"Trump não poderia ser menos apto para ser presidente, porque é um fanfarrão", declarou o técnico Steve Kerr, em maio.
"Não dá pra notar as qualidades necessárias para ser um grande líder, como a resiliência, a capacidade de se comunicar, a compaixão... Nada disso. Alguém acha que Donald Trump é um grande líder?", perguntou Kerr.
* AFP